sexta-feira, fevereiro 29, 2008

LIBERDADE



Como já dizia minha grande inspiradora Clarice Lispector: " Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando... " volto ao blog então, mas aonde estou: no mesmo lugar... sem pensar... sem rumo... olhando a chuva q insisti em cair.
Eu só escrevo quando eu quero, eu sou uma amadora e faço questão de continuar a ser amadora. Profissional é aquele que tem uma obrigação consigo mesmo de escrever, ou então em relação ao outro. Agora, eu faço questão de não ser profissional, para manter minha liberdade. E para aproveitarmos a liberdade temos q nos controlar.
Mas ai, doi, que coisa!!! Controlar os sentimentos de novo e ser liberto?? Como assim??? Ai ai ai tico e teco, se entendam pra eu poder me definir aqui!!!
Posso apenas dizer q estou me descobrindo e como temos hábitos e libertar-nos deles não é fácil, não é simplesmente jogar tudo pela janela e pronto. Não é simplesmente apertar a tecla delete. Tem quer ser de degrau em degrau. A liberdade, enfim, talvez a que eu procure, é uma verdade, uma consequência...
hahahahaha... me lembrei, Jimi Hendrix disse uma vez " se sou livre é pq estou sempre fugindo".... será mesmo, acredito que sim... mas do q eu fujo...
fica ai então...
vou pensar...
quem sabe eu descubra e volte a escrever novamente....





"Tudo o que é desordem, revolta e caos me interessa; e particularmente as atividades que parecem não
ter nenhum sentido. Talvez sejam o caminho para a liberdade. A rebelião externa
é o único modo de realizar a libertação interior."
Jim Morrison

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

FINAL DE SEMANA


Demorei, mas voltei a escrever... Meu braço ainda incomoda, mas vou tentar.
Final de semana mais do que inesperado... O que poderia ter sido apenas um esbarrão foi um encontro de emoções...
Como tudo em minha vida não tem explicação, ou mesmo o desconhecido se encontra com o conhecido, a noite se tornou uma criança e de sexta foi se emendando sábado e domingo.
Tudo parecia simples... Saímos pra sentar num bar e beber com os amigos... A cidade confesso, tava vazia e chata, mas no pique q me encontrava nada poderia estragar minha noite.
Sei lá, parece q havia tomado uma dose de êxtase ou de vida, melhor assim dizendo.
Logo de cara algumas trocas de olhares... Que ficaram insistentes... E eu cada vez me achando mais cagada ainda... Mas no fundo me achando a mulher mais sexy do lugar. Afinal, o que nos manda é o cérebro, é só acreditarmos em nós mesmos. Dessa troca de olhares não rolou nada, além de uma troca de telefones.
O mais inesperado mesmo foi o que estava por vir.
Final de festa... Movimento se indo ao bar... Apenas uma musica sertaneja, aquelas bem de corno tocando ao fundo do bar... Todos resolvem ir embora... Mas eu não, eu queria mais, muito mais. Queria ver o sol nascer, molhar os pés no pantanal... Entorpecer, crescer, sentir todo o toque daquela noite que para mim não teria um fim, mas sim um novo começo.
Resolvemos ir para o posto, point local após tudo fechar... Bebemos mais... Algumas pessoas foram embora, mas eu e ele ficamos ali, sentindo a mesma vibração, a mesma vontade de entorpecer a mente e o corpo.
Como do nada, tudo aconteceu... Um bombom, um toque sem querer, um olhar, e os lábios se tocaram...
Meu Deus o que era aquilo, você surgiu do nada e tava ali agora sentindo os mesmos sentimentos que eu? Como pode assim acontecer? Nunca houve uma troca de olhar, um gesto que explicasse o que aconteceu... Pois é, aconteceu e que bom que aconteceu com você.
Continuamos a noite no ritmo que estávamos. Rindo de tudo, brincando com todos, parece que nos conheciam há tanto tempo. Foi estranho dividir os mesmo amigos e trocarmos olhares comprometedores e ao mesmo tempo discretos entre eles. No final, o tesão falou mais forte e não agüentamos e no meio de todos a gente se beijou mais uma, duas, três sei lá quantas vezes.
O dia já estava amanhecendo... O sol começa a dar o sinal da sua graça... Ah, o sol, eterno companheiro... Como nos, sol e lua, que nunca poderão se encontrar... Será que tínhamos consciência disso? Hoje eu tenho.
Chegou à hora de dizer adeus, até logo, a gente se fala... Ai a carne foi fraca, o desejo foi maior... O sentimento tomou conta e quando vimos estamos nus trocando caricias e de repente eu acordo desse sonho e vejo que tudo aquilo era apenas por um instante. Veio o medo, o sentimento de culpa, a vaga sensação de cama vazia mais uma vez. Do nada tudo parou, você ficou bravo comigo e com razão. Não tiro sua coragem de me dizer VIVA, CURTA ESSA MOMENTO, VAMOS SER NOS E SO. Mas ainda tinha medo, ainda tenho, e apenas acordei sem você do meu lado.
Se for pra ser, como a vida é, inexplicável, haverá outra noite onde poderemos trocar os olhares, os suores, os sabores e sermos por um só momento NOS E VIVERMOS O NOSSO MOMENTO.

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

O QUE EU FIZ?????


Linkin Park - What I've Done

(tradução) Mike Shinoda/ Chester Bennington

"O que eu fiz"

Nesta despedida
Não há sangue
Não há álibi
Porque eu retirei arrependimento
Da verdade
De mil mentiras
Então deixe a compaixão chegar
E limpar
O que eu fiz
Eu vou me encarar
Para eliminar o que eu me tornei
Me apagar
E esquecer o que eu fiz
Deixe para trás
O que você pensou de mim
Enquanto eu limpo essa ficha
Com as mãos
Da incerteza
Então deixe a compaixão chegar
E limpar
O que eu fiz
Eu vou me encarar
Para eliminar o que eu me tornei
Me apagar
E esquecer o que eu fiz
Pelo que eu fiz
Eu começarei de novo
E aconteça o que acontecer
Hoje isso acaba
Eu estou perdoando o que eu fiz
Eu vou me encarar
Para eliminar o que eu me tornei
Me apagar
E esquecer o que eu fiz
O que eu fiz
Perdoando o que eu fiz

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Descobrindo um novo 2008... livre novamente pra voar


Eu não sei como é que pode, mas está tudo aqui ó, intacto.
Relendo, me repetindo, repetindo tudo, repassando os textos de um filme que já decorei há anos, de um livro que eu mesma escrevi, escutando pela milésima vez as falas que saíram da minha boca e entraram nos meus ouvidos, ensandecidamente calma com toda a certeza do mundo.
Depois de tanto pensar, refletir, reeinventar, só me resta fazer porra nenhuma e continuar a vida. Morrer é que eu não vou mais. porque se eu aprendi uma coisa foi que escrever é mais importante do que morrer.
Nesse nova era que começa agora, descubro com o coração doido, machucado, mas se sentindo livre de que preciso de um homem que me ganhe do melhor dos piores que já conheci - ainda sozinho neste meu mundo que dá voltas e voltas e sempre pára no mesmo lugar: ele, único.
Preciso de um homem que eu julgue superior também a mim mas que discorde disso com a mesma força que eu tenho pra sentir tanto por tanto tempo.
Preciso de alguém que consiga conversar comigo sem se distrair com meu cheiro ou com as minhas pernas ou com qualquer mundice dessas e que só se importe com a próxima coisa que eu possa falar enquanto eu estiver falando, que entenda isso, que entenda tudo, tudo, tudo.
Que diga aquelas coisas lindas sem mentiras nem alegorias - só um covarde apela assim porque sabe que é fácil ganhar.
Preciso de um daqueles que não corra para mim e depois corra de mim e que não grude nem se esquive, apenas fique. Fique o suficiente para que eu me sinta em casa mas que entenda e conviva com a minha solidão. E que saiba ser homem, simples assim, ser homem e me deixe ser eu.
Há existe. Eu sei que existe. Não adianta ficarem me dizendo que não tem.
Tem.
Se existe um pra acabar com a minha vida tem que existir outro para me dar outra vida e arrancar esse piche todo de cima de mim.
Não é possível que eu vou ter um só fantasma me rondando e me rondando para sempre. Não é possível que eu, estúpida, quero o fantasma por perto,
Deve existir algum antídoto pra amor desfigurado. Se alguém descobrir, por favor, me telefone, me escreva, me mande um telegrama, porque eu já não agüento mais viver tentando preencher este vazio com outros vazios que só me pioram.
Não é possível que a única cura seja adoecer de novo até a exaustão. É possível? não é possível. é sim. porque é assim que tem sido.