
Eu era luz. Luz ultrapassando qualquer expectativa.
Tudo transborda no meu peito apertado.
Eu não sabia para onde olhar e nem o que sentir.
Minutos atrás de minutos de garganta seca.
De repente me vi lembrando de cada ato, de cada detalhe, de cada olhar.
Queria buscar uma imagem que bloqueasse tudo.
Ao menos uma vez, uma única vez.
A explosão de sentimentos foi mais forte.
Posso negar a todos.
É confuso explicar essa fuga de mim mesma, mas acalenta as lembranças e o medo (principalmente o medo inexplicável de viver!!).
Se pudesse parar tudo, parar o tempo, impedir que o presente atropele o que está por vir... Se pudesse eu gritaria bem alto e faria somente o que meu coração pede, sem magoar ninguém com as minhas atitudes.
E, talvez, se as coisas acontecessem uma a uma, se segundos pudessem ser eternos...
Noites surreais existiram e hoje precedem dias de saudade.
Sinto falta sim, assumo.
Quem disse que a vida tem que ser vivida assim? Quem disse que devemos colocar a razão acima da emoção? As prioridades são de cada um. Não há como definir.
É triste enxergar tantas vontades escondidas sob máscaras de aceitação.
Talvez devêssemos nos permitir se entregar aos sentimentos, como a folha já seca pelo tempo se entrega ao vento e dança. Nós consentirmos da sensação de que apenas um toque leve na pele seja eterno. De um pêlo arrepiando. De sussurro, de um suspirar de prazer. De assumir que quer. Da sensação de gritar em êxtase. De ser apenas sentimental, apenas por um momento.
Quero minha impulsividade de volta...
Deixar que a vontade, que o desejo me leve.
Porque o tempo é presente, porque agora o sentir se torna real. Porque não escolhemos os nossos desejos.
Simplimesmente desejamos....
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