quarta-feira, maio 30, 2007

GATA, ROMÂNTICA, SEXY... uma mulher ultra-moderna


Trago comigo o meu romantismo escondido por trás dessa casca de mulher ultra-moderna.
Essa casca não me deixa se soltar para o mundo e beijar todas as bocas que chegam a mim. Mas ai que esta, e se eu tomar um gole de vinho, e se eu tomar uma cerveja, e seu eu tomar um wisky???
Ai sim, a casca cai e danço horrores! Como se o mundo fosse acabar enquanto estou naquela pista de dança. As luzes, a fumaça e aquele cheiro me empolga.
Adoro beijos quentes dentro da boate, juntamente com o balançar dos corpos, com os olhares únicos neste clima. Aquele sabor de desejo no meio de tanta gente doida.
Mas a mulher ultra-moderna sai sozinha... e se vê sozinha... ai aflora meu lado romântica, apesar de gostar de estar com as amigas nestes lugares, gostaria de estar com ele ali, dançando loucamente só pra ele.
Esse meu lado secreto algumas vezes sente o coração apertar quando vê ou lembra de seus olhos, de seu sorriso e ainda te acha tão lindo, mas tão imaturo para algumas coisas.
Meu lado romântico não te esquece.
Esse meu pouco romântica meio puta louca guarda uma lingerie que vc gostou e suspirou e também aquela outra que comprou pensando em você.
Meu pouco romântica acredita no amor.
Minha boca, meu corpo não tem mais vontade de ninguém ou sempre sai a procura de outros com seus detalhes.
E esse meu ladinho romântica chora com certas músicas ainda por cima. E também com certos momentos que a minha mente se recorda momentaneamente, sem pedir permissão.
Esse lado tão meu que me faz tão doll algumas vezes.
Esse lado tão meu que me fragiliza e chora por saudades.
Esse meu lado que não me deixa ser as vezes apenas uma mulher louca alucinada dançando no meio da pista.
Esse lado romântico que a gente esconde, por que?
Porque eu tenho medo pois sei que não te pertenço e nunca te pertenci...
Talvez o medo me fez sua amiga e não amante.
Ainda louca, danço sem parar no meio da pista, no canto da boate... fecho os olhos e lembro de nosso beijo. Nosso primeiro beijo foi aqui. Foi curto mas tão intenso aquela noite e por mais que eu tinha uma vontade louca de dar pra você no banheiro daquela boate, eu também queria namorar com você debaixo do edredon no inverno assistindo um dvd.
Meu lado romântico se multiplica a mulher que fica quase louca ao ver você no carro e mesmo dando um ar de solta, eu tava travada de tanto te querer. Eu queria ser pura e ao mesmo tempo fatal pra te fazer ficar.
Quis despertar seus sentidos em apenas algumas horas naquela madrugada e que eles fossem mágicos pra você. Mas tão mágicos pra você nunca mais me largar depois daquele dia. Queria te dizer que por mais que agisse feito uma cachorra, moderna e louca, no fundo eu tava apaixonada. Faria tudo pra você ficar por mais de um dia.
Ok? Imbecil foi você que não percebeu. E quer saber mais?
Você me perdeu e agora quero voltar a ser essa mulher louca ultra-moderna e romantica. Talvez um cara apareça, só que a minha escolha, naquela noite, foi cega. Escolhi um cego. Você me provocava isso: desejo, vontade, tesão, loucura, paixão... Desculpa! Mas queria que você soubesse que era toda sua. A santa que há em mim hoje tem vergonha e briga com a puta o tempo todo. A gata sexy, provocante, ousada... não mia. Chora. E de preferência, escondida.

quinta-feira, maio 24, 2007

MINHA BULA ...


Se você me quer então venha com tudo, mas cuidado ao entrar, tenho reflexos rápidos e costumo revidar. Você pode vir com jeito também, mas não venha muito lento, porque tudo que é muito devagar me da sono.
Se quiser concordar comigo, concorde, mas nem sempre, porque tenho por hábito achar pessoas que concordam contudo entediantes. Tenha sua vontade, sua vida, seus princípios, seus prazeres, coisas que não me incluam. E, uma vez ou outra, deixe-me meter no meio de suas cosias, as vezes preciso me achar no comando.
Nunca grite comigo, a não ser que eu esteja gritando com você, porque eu odeio gritar sozinha.
Me faça rir, mas principalmente me faça parar de rir vez ou outra. Eu dou muita risada, facilmente e isso incomoda. Tenha, acima de tudo, um grande senso de humor.
Pense rápido, adoro quem me responde na lata o que digo.
Me tire o fôlego, mas me peça bis, pois eu tenho a necessidade de achar que acabo com você em cima da cama. Sexo selvagem é ótimo, mas vez enquando eu vou preferir fazer amor. Aprenda que fico excitada com massagem nas costas e que adoro cafuné.
Não seja muito arrumadinho. Gosto de coxas grossas em calças jeans com camisa pra fora de calça. Seja despojado, pois acho realmente atraente. Mas sempre, sempre, de atenção aos sapatos e meias!
Pergunte o que eu quero fazer, mas não deixe que eu decida tudo. Não sou feminista, homem deve ser homem e fazer bem seu papel. Não me agrada escolher todo e qualquer programa. Conheça meus gostos e decida.
Principalmente e talvez o mais importante é entender que meus não’s, nem sempre são não’s, que meus sim’s podem ser porém’s. Não desista de mim no primeiro não, mas também não acredite no meu primeiro sim.
Seja mais forte do que eu. Goste de ler, e de desenho animado, mas tenha seus próprios gostos. Seja meu homem, e encontre um papel na minha vida que não tenha sido de ninguém.
Acredite nas minhas verdades e nas minhas mentiras, estas são poucas, mas acredite, necessárias.
Você poderá olhar pra outras mulheres, não seja santo, beba, fume, tenha contravenções. Não suportaria ninguém santo muito tempo ao meu lado. Me enlouqueça ao menos uma vez por semana. Não gosto muito de paz. Sempre preferi uma vida montanha russa a uma carrossel.
Me tire do sério por qualquer bobagem, me faça ficar louca com você, depois me encha de beijos e acabe com toda essa marra.
Ah, não me conte todos os seus segredos eu nao lhe contarei todos os meus.
E no fim, se nada disso funcionar, esquece tudo que eu disse, me ame e entre de sola.
* Inspirado na crônica da Martha Medeiros. "Eu, modo de usar"



Eu gosto de homem cheiroso. Homem com pegada, de abraços e jogos de pernas. Não é porque eu faço pipoca caramelada, locamos um DVD, e alguém passa a noite comigo que eu quero romance. Eu quero romance, mas só com quem eu me preocupar se vou ficar parecendo gorda se estiver por cima. Fora isso eu quero prazer. Meu e seu. Porque até no sexo o prazer tem que ser mútuo. Sexo é sexo. Amor é amor. Não to discutindo o que é melhor, só afirmando que são coisas diferentes. E sexo pra mim tem que ser sem pudores. Você pode me falar o que vem na cabeça, prometo não ruborizar. Agora, não me vem com não me toques. Alias, eu toco onde quero, como quero. Sexo é lascivo, é provar que pode se ocupar o mesmo lugar no espaço. É não perguntar se pode, é simplesmente saber que pode. Sexo não pede licença, comigo, tem que ir arrombando as portas. Sexo é escolha.


Amor é sorte... Tsc...


Ps. Hoje começa a nova saga das Ladybird´s


quarta-feira, maio 23, 2007


Já não faço mais tanto esforço para compreender. Embora ainda viva numa cidade em que amanhece e anoitece com o relógio marcado, ainda que meus dias funcionem de acordo com os óbvios de levantar, trabalhar, pagar as contas e voltar para casa, ainda assim, não me esforço mais para tentar compreender.
Esse desprendimento de energia, muito comum aos que têm sede, é bem menor hoje em dia por uma questão muito simples que não envolve o secar, apenas a administrar melhor a energia, a atenção, às águas. Então não me pergunte como chegamos até aqui. Eu realmente não sei. Poderia dizer que a geografia limitada da cidade e a falta de opção nos afunilaram na noite, vai saber, dos encontros, das surpresas, das afinidades da vida, daquilo que é afinado ou não.

Algumas taças de vinho depois e muitas referências em comum. Efeitos do alcool ou da fumaça ou da atmosfera da madrugada, fala-se muita besteira para preencher a noite e despertar a atenção. Sabe que os meus melhores amores começaram de um silêncio desconfortável, de um profundo silêncio de olhar nos olhos e não saber o que dizer ou onde colocar as mãos? Nasceu assim, de um observar de causar arrepio na nuca, do detalhe que muitas vezes ascende, a ponta de um sorriso, a maneira de manipular o cigarro, a ironia fina de canto de boca, a inteligência simples que abre as portas. Na ausência de palavras, entregue ao momento, muitas vezes me peguei pensando 'agora não dá mais para voltar'. A cidade é pequena, ela reúne muito mais do que afasta, nós temos algumas pessoas em comum, alguns lugares também. Até que ele me veio proteger e roube-me um beijo.

Eu desisti de compreender e confesso que desconfio de quem exibe certezas e conceitos. Desconfio de gente que declama verdades. De gente que não se permite a interrogação, o não saber, o aprender o que já é, mais uma vez. Me vestir do óbvio para não saber. Caminhamos em silêncio de lua cheia e estrelas acesas. Esta muito frio. Eu olho para trás e você me diz:

- Agora não dá mais para voltar. Agora eu vou te beijar.

Ai eu paraliso e pergunto: quem é você???

segunda-feira, maio 21, 2007

SEGUNDA FEIRA...


Pois é, mais uma semana chegando e outra indo embora...
quem será que vai primeiro... os dias, os meses, as semanas???
sei lá!!!
Vou falar um pouco do final de semana... se conseguir nessas tão complicadas linhas...
Como sempre do nada surgem coisas inesperadas em nossas vidinhas ainda tão pacatas.
De um sorriso visto antes com desdem hoje se encherga algo que poderia continuar.
Sabe, isso me lembra quanta coisa acontece na vida da gente quando menos esperados.
Normalmente é quando vc esta bem, sem medo, rindo da vida que a propria lhe passa a perna e você cai. Então o medo volta e a vontade de chorar tambem. Voltam também os pesares de que atitudes marcam mais do que os sorrisos perdidos na multidão.
Você tenta fugir, faz de tudo, mas não dá, a vida sempre nos prega novas surpresas.
Não sei o que é ... não é amor, não pode ser!!!
Não é paixão... mas pode ser, talvez uma atração fatal por um lindo sorriso, por um beijo gostoso, e eu ainda nem queria aproveitar!!!
As vezes somos burros né, esquecemos de aproveitar a vida e mandar se danar os tombos que ela nós dá.
Mas quem diz que conseguimos??? Aíi se vão dias, semanas, meses e novas segundas-feiras...
Isso que me mata.. o medo... o medo que tenho de mim mesma, dos meus atos, de ouvir dizer novamente que eu assusto!
Tenho muito medo do amor e do que a vida guarda para mim.
Ao mesmo tempo eu descubro que o medo de amar é o medo de ser e de ter. Vejam só, dois verbos que nós botam assim ou UP ou DOWN.
Acredito que deveriamos ser livres para o que der e vier, de todo momento saber escolher, com acerto e precisão a melhor direção para nossas vidas.
O medo que tenho mesmo, o que me apavora, é de não arriscar, esperando que façam por nós sempre o que é nosso dever. Mas então, até onde devemos ir e onde devemos parar???
Aiaiai bem dita segunda-feira de tantas duvidas....

quarta-feira, maio 16, 2007

PRECISAMOS MUDAR...


MAIS UMA VEZ... QUEM É VC???



"Então vens e me chegas e me invades e me tomas e me pedes e me perdes e te derramas sobre mim com teus olhos sempre fugitivos e abres a boca para libertar novas histórias e outra vez me completo assim, sem urgências, e me concentro inteira nas coisas que me contas, e assim calada, e assim submissa, te mastigo dentro de mim enquanto me apunhalas com lenta delicadeza deixando claro em cada promessa que jamais será cumprida, que nada devo esperar além dessa máscara colorida, que me queres assim porque é assim que és..." (Adaptado de 'À beira do mar aberto' de Caio Fernando Abreu)
e assim...

"Dentro de mim guardo sempre teu rosto e sei que por escolha ou fatalidade, não importa, estamos tão enredados que seria impossível recuar para não ir até o fim e o fundo disso que nunca vivi antes." Caio F. Abreu


Você acontece
e me aquece
enlouquece
adormece
esquece
depois
desa
par
ec
e

simplismente assim... quem é vc???



sexta-feira, maio 11, 2007

PESSOAS

As pessoas se esquecerão do que você disse...
As pessoas se esquecerão do que você fez...
Mas as pessoas nunca se esquecerão de como você as fez sentir



"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade."
(Carlos Drummond de Andrade)



"As relações humanas servem para a auto-revelação. As pessoas são espelhos nos quais começamos a descobrir-nos." (H. Weekley) E a cada pessoa que me deparo mais me conheço ou me interrogo, mistérios de um corpo, constituição da alma, me sentir, me descobrir quando apenas me tocam, sabendo me tocar, sabendo me ter...

quinta-feira, maio 10, 2007

Quem es tu...


Doce olhar, gentil sorriso
Cobres-me de mimos, cativas-me!
Quem és tu
Que despertas em mim este desejo
De te espreitar por dentro, descobrir-te?
Em teus olhos procuro-te
Mas essas duas pedrinhas negras
Limitam-se a cintilar á luz da lua
Ocultando os segredos do universo
E acendendo ainda mais o mistério...
Entrego-me ao teu forte abraço
A calor do teu beijo
Á suavidade do teu toque
Rendo-me ao teu tímido jogo de sedução
E abstraio-me do mundo á nossa volta
Porque me prendes nesse olhar
Nesse teu cheiro embriagante
Nos teus suspiros sensuais
Perco os sentidos, afasto-me da realidade
Levas-me numa viajem estonteante
As minhas pernas estremecem
Perco as forças, perco os sentidos
E onde você estará!!!

Seduça e seduzida

Estou assim... e adoro estar assim!
Não à espera de que algo aconteça, mas proporcionando condições para que algo aconteça.
Assumo uma postura de descontracção na minha vida e sinto que esse será o caminho ideal para me sentir bem e melhor comigo própria...
Deixei de sofrer, porque nada na vida merece o nosso sofrimento,
nem mesmo a morte, quer física, quer mental, quer psicológica...
Sofrer é negar a nossa existência, e fecharmo-nos no nosso mundo é negar que vivemos em sociedade.
Por isso eu estou assim...
pronta para seduzir quem eu quiser, e quem se quiser deixar seduzir.




Sob intensa, insana vontade das suas mãos, olhos, boca, corpo...Tocar-me... olhares, sensação, sentidos, desejo puro, sedução inevitável tão nossa. E apenas eu aqui... A TE ESPERAR

terça-feira, maio 08, 2007

Somos todos um pouco Pollyana, levando a vida nesse "jogo" de buscar a felicidade

Achei uma poesia da nossa grande Clarice, sobre nos acomodarmos ou irmos em busca da felicidade.
Fiquei pensando nisso o restante do dia.
Onde estará a felicidade?
Quando somos felizes?
Todos os dias, depois de meus quinze habituais minutos de mau humor, estou sorrindo...
Eu rio pro Sol, pra chuva...
Rio dos meus tombos...
Todos o dias, tenho a sensação de que alugo da vida motivos pra sorrir.
É claro que minha felicidade não é plena (tenho tantas coisas que ainda não foram citadas por mim aqui).
Tanta coisa que sufoca meu peito, que me dá vontade de gritar.
Mas sei que não é assim.
Sei que eu tenho que acreditar nessa magia da vida.
Porque, se eu não souber acreditar, pra que viver?
Pra que continuar?
Eu busco mesmo, com garras, com fé...
Quero meus olhos brilhando, meus objetivos alcançados, meu coração palpitando.
Eu acredito na felicidade e, até que ela me prove o contrário, continuarei acreditando.




"Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor.
E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora.
E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas.
E porque não abre as cortinas logo se acostuma a acender cedo a luz.
E à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora.
A tomar o café correndo porque está atrasado.
A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem.
A comer sanduíche porque não dá para almoçar.
A sair do trabalho porque já é noite.
A cochilar no ônibus porque está cansado.
A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir.
A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.
A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita.
E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar.
E a pagar mais do que as coisas valem.
E a saber que cada vez pagará mais.
E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma à poluição.
Às salas fechadas de ar-condicionado e cheiro de cigarro.
À luz artificial de ligeiro tremor.
Ao choque que os olhos levam na luz natural.
Às bactérias de água potável.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer.
Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá.
Se a praia está contaminada a gente molha só os pés e sua no resto do corpo.
Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço.
Se o trabalho está duro a gente se consola pensando no fim de semana.
E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.
Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta, e que gasta de tanto se acostumar, e se perde de si mesma".

"EU SEI, MAS NÃO DEVIA"

Clarice Lispector

segunda-feira, maio 07, 2007

FELIZ ANIVERSARIO




Acho que deveríamos contar idade como se fossem horas...
Tenho 23 e 15, ou 23 e 35, ou 15 para 24.
Hoje, quando acordei me peguei mais velha.
Ontem 30. Hoje 30 E uns.
Passei pelas pessoas na calçada e ninguém percebeu que somei mais um número aos que já carregava.
Só eu sinto o peso do novo... O ano valeu.
Fortaleci minhas amizades;
Conquistei alguns bens materiais;
Resolvi a maior pendência do meu coração.
Por outro lado, nenhuma paixão.
Estranho caminhar por um ciclo inteiro e não me apaixonar sequer uma vez...
E uma mágoa, da qual estou tentando me livrar,
mas por enquanto sem sucesso.
Revivi um sentimento de dor,
indireto em minha vida, mas que me fez sentir tudo novamente e tive vontade de chorar.
Descobri que não sei mais chorar nos momentos que desejo e preciso.
Ri demais, cantei demais, sonhei demais e chorei... pouco, muito pouco.
Mas o suficiente pra descobrir que a vida ainda é meu maior presente, e que por mais que eu tenha medo, preciso desfazer os laçarotes todos os dias, e aproveitar as grandes surpresas dentro dessa caixa chamada HOJE.

FELIZ ANIVERSÁRIO PARA MIM!!!!

quinta-feira, maio 03, 2007

INDEFINIVEL


É na sucessão de dias com sabor agridoce que hoje chego até aqui.
Com o olhar pousado nas sombras dos desejos
que não posso transformar em realidades,
mas com as mãos transbordantes de instantes
concretos e perfeitamente definíveis.
Estou atualmente neste limbo.
Melhor dizendo, tenho eu própria sido essa orla,
essa extremidade em que há sempre a possibilidade
de tombar para qualquer um dos lados.
Sinto o prazer e sinto a dor.
Intensamente.
Mas não sou nenhum deles.
Sou antes aquela indefinição que fica entre um e outro.
Talvez apenas uma transição, uma breve passagem
que não chega verdadeiramente a "ser" o que quer que seja.

Deixemos as memórias.
Definitivamente.

TEMPO DESPERDIÇADO


"I remember what you told me before you went out on your own:
Sometimes to keep it together we got to leave it alone.
So you can get on with your search, baby,
And I can get on with mine,
And maybe someday we will find
That it wasn't really wasted time."

(Eagles- Wasted Time)

quarta-feira, maio 02, 2007

LAT SOLITUDINE


so.li.dão sf (lat solitudine)
1 Condição, estado de quem está desacompanhado ou só. 2 Lugar ermo, retiro. 3 Apartamento, isolamento. 4 Caráter dos lugares ermos, solitários.


Ás vezes tenho a sensação de que minha solidão aumenta a cada pessoa que se aproxima... essa minha solidão vem de mim mesma, e não há quem a faça cessar...
Sensação de coração vago, com placa de aluga-se, vende-se ou quem sabe troca-se. Mas não por um de menor valor. Trocas justas... para uma moradia vaga há tanto tempo...
Mas sabe o que mais me machuca? Não é ficar sem UM AMOR... é perceber que depois de todo esse tempo o que existia não era tão importante assim.
Talvez eu tenha sido ingênua... talvez eu tenha sido uma boba... mas eu sempre fui muito sincera.
Depois do que eu vi, do que ouvi, do que senti... milhares de coisas passaram pela minha cabeça... coisas que me fazem lembrar de tudo o que você já me disse... e me fazem pensar também que as melhores palavras e os melhores sentimentos não eram pra mim... mas pra outra pessoa. E pensar nisso me dói de um jeito que vc sequer imagina. Pq tudo era uma grande mentira, mas eu acreditava.
Tem horas que eu olho pra trás e percebo que sempre fui a mulher dos relacionamentos complicados. Talvez um pouco volúvel, talvez querendo fugir do óbvio, sei lá.
Na verdade não que eu fosse superficial, aliás, muito pelo contrário.
Sempre fui muito intensa em tudo: no amor, no trabalho, com a família, com os amigos.
Sou aquela que mais sofre, que mais se magoa, que mais quer desaparecer quando algo dá errado. E sou aquela que todos acham forte, valente, lutadora... mas no fundo não sou nada disso. Nunca pensei que um dia admitiria com todas as letras que sou fraca. Pois é, sou fraca! Agora tenho forças pra dizer que sou nada mais que um daquelas sementes brancas que saem voando com o sopro de uma criança, uma das sementes de uma flor que um dia foi amarela. Ainda estou voando por aí, não sei se cairei em solo fértil, ou se serei levada pelas águas que descem dos barrancos juntamente com os barracos fracos de gente tão forte que um dia eu vi pela televisão.
Em compensação nunca tive um retorno, e sim, estou falando de amor.
Sempre fui aquela que ficava à espera de um olhar, de um telefonema, de um carinho, e até mesmo de um sorriso.
Daí o tempo passa, a gente amadurece, e geralmente pela dor.
A tal da pessoa certa aparece, e você se sente tão feliz que nada mais no mundo parece ser tão importante.
E que se dane tudo e todos, eu quero mais é amar, explodir de tanto amar.
Mas ai vem a decepção, a separação, a tão dolorosa solidão e tudo machuca... novamente!
A única coisa que eu quero hj é esquecer. Viver a minha vida e esquecer isso tudo.