quinta-feira, abril 10, 2008

REVOLUÇÕES INTERNAS



Fazer, Sentir, Ser... minha santíssima trindade fundamental, entidade regente de todos os atos tão próprios do meu eu.
Engraçado, rirmos do destino... se praticamos uma ação, fazemos algo. Logo, sentimos os efeitos conseqüentes ao ato de realizar: positivas ou negativas. Qualquer conseqüência surge de um algo feito por nos. Sentir é condição imutável. O conjunto desses atos são as conseqüências que constituem as ações do meu eu. Elas moldam a minha personalidade, meus pensamentos anteriores relativos a outras experiências, opiniões, relações e porque não as atuais, afinal essas são tão recentes.
Ainda não acredito no destino - tudo o que nos acontece, por maior coincidência que nos possa parecer, é resultado da interação das esferas de conseqüências pessoais que determinam cada ser. Dizem: aconteceu porque assim tinha que acontecer. Não... Simplesmente aconteceu em conseqüência da interação dos efeitos gerados por atos próprios e de outros que nos rodeiam. Seria algo mágico, algo além da nossa visão bilateral?
Nada complicado. O que importa é não ser covarde para assumir a responsabilidade de seus atos. Poderia gritar QUE SE DANEM AS CONSEQUENCIAS. Já se acreditasse em Zeus diria "AS CONSEQUÊNCIAS SÃO MATÉRIA-BASE, SENÃO PRIMA, NA GÊNESE DE NOSSO E DE OUTROS SERES, E SÃO TÃO VITAIS COMO PURO LIQUIDO EM O QUAL NEM SE QUER PODERIAMOS SER". Profundo...
Mas para mim o fazer, o sentir e o ser, que acarretam depois do ato, as conseqüências, uma provável integração surge então um jeito de possível conclusão, que nem damos conta por ela - uma vida, que é nossa por causa de outros, e que influencia outros, por causa da que é nossa. Tão abstrato pra falar que as conseqüências são apenas nossos atos e deles devemos mover nossa vida.
Ai me pergunto: - Que me falta? Tanto e tão pouco na verdade...
Tudo o que já tenho, tenho-o; tudo o que terei, por vir a ter, terei; mas em toda esta imensidão que somos nós e tudo o que nos rodeia, tudo isso acaba por ser tão pouco que sempre procuramos um pouco mais. Este estranho sentimento de insatisfação insiste constante e fortemente em não me abandonar. E ele consome-me... Por mais que tente não consigo sentir-me plena. Sou feliz, sinto-me feliz, mas parece-me que ainda posso ser mais. E isso (julgo eu) é o que não consigo ter. Como tê-lo? Preciso que me seja dado? Ou depende única e exclusivamente de mim? Devo procurá-lo ou esperá-lo? Devo dar mais, para ainda mais receber? Tantas perguntas, tão poucas respostas... Tantas incertas certezas que fugazmente me fogem e que já não sei se as consigo agarrar... Que falta de constância! Lá se vai a um cérebro a pensar!

Hoje estou sozinha e por isso interrogo a mim mesma...

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