
A solidão é um vício que apanhamos quando nos isolamos...
A solidão é um vício que perdemos quando nos damos.
Queria conseguir te mostrar ao mundo como realmente eu sou,
Na maioria das vezes o que digo é tão profundo... Mas apenas observam a superfície;
Todos ao meu lado desprezam minha escuridão por saber o quanto doente já fiquei por me entregar a ela, mas esquecem que ela é parte de mim, e que por muitas vezes ela foi minha única companhia!
Meu interior é confuso, eu mesma não entendo, e de uns tempos pra cá me sinto mais fraca!
O cinza me traz inspiração em crer que nessa vida nada de concreto me prende, me cerca e me faz. Faz-me o que sou hoje e o que talvez não gostasse de ser, mas já esta feito.
O asfalto que machuca os pés é o mesmo que me faz sonhar. E todas essas coisas fazem a minha história que é de alguém sem sentido. De alguém que sobrevive entre as incertezas do tempo.
Ninguém pode sequer imaginar o quão triste eu me encontro.
À vontade que tenho é de apagar, simplesmente sumir.
Poderia gritar bem alto, mas isso não me traria nenhum conforto, tampouco alivio.
Sei que poderia chorar, mas isso já faz sem pensar em poder ou não. Nem sei de onde tiro tantas lagrimas! Eu choro minha alma, é difícil respirar, é difícil andar por ai, fazer tudo o que sempre fiz.
Minha cabeça vive num grande vazio cheio de duvidas.
Procuro continuar a andar, mas ha algo me prendendo. Ha algo me matando. E é sozinha que descubro que já não sou mais nada.
E nessa solidão me encontro em meio duvidas e questionamentos.
O texto a seguir... Foi tirado do blog Dores do Mundo , achei fantástico...
[...] Ñ há nada fixo na vida: nem dor infinita, nem alegria eterna, nem impressão permanente, nem entusiasmo duradouro, nem resolução elevada que possa durar toda a vida! Tudo se dissolve na torrente dos anos. Os minutos, os inumeráveis átomos de pequenas coisas, fragmentos de cada uma de nossas ações, são os vermes roedores que devastam tudo quanto é grande e ousado... Nada se toma a sério na vida humana; o pó ñ vale esse trabalho. ****** A vida do homem oscila, como um pêndulo, entre a dor e o tédio, tais são na realidade os seus dois últimos elementos. Os homens tiveram que exprimir está idéia de um modo singular; depois de haverem feito do inferno o lugar de todos os tormentos e de todos os sofrimentos, que ficou para o céu? Justamente o aborrecimento. Sentimos a dor, mas ñ a ausência da dor; sentimos a inquietação, mas ñ a ausência da inquietação; o temor, mas ñ a segurança. Sentimos o desejo como sentimos a fome e a sede; mas apenas satisfeitos, tudo acaba, assim como o bocado que, uma vez engolido, deixa de existir para a nossa sensação. Enquanto possuímos os 3 maiores bens da vida, saúde, mocidade e liberdade, ñ temos consciência deles, e só o apreciamos depois de o havermos perdido, por que esses também são bens negativos. Só notamos os dias felizes da nossa vida, depois de darem lugar aos dias de tristeza... - À medida que nossos prazeres aumentam, tornamo-nos cada vez mais insensíveis; o hábito ñ é já um prazer. Por isso mesmo a nossa faculdade de sofrer é mais viva; todo o hábito suprimido causa um sentimento doloroso. As horas correm tanto mais rápidas quanto mais agradáveis são, tanto mais demoradas quanto mais tristes, porque o gozo ñ é positivo, mas sim a dor, cuja presença se faz sentir. O aborrecimento dá-nos a noção do tempo, a distração tira-a. O que prova q a nossa existência é tanto mais feliz quanto menos a sentimos. Não se poderia absolutamente imaginar uma grande e viva alegria, se esta ñ sucedesse a uma grande miséria por que ñ há nada que possa atingir um estado de alegria serena e durável; o mais q se consegue é distrair, satisfazer a vaidade. "A felicidade ñ passa de um sonho, só a dor é real"[...]
Então, é só! Só pra não passar despercebido...
Fico aqui com meu vazio!
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