terça-feira, agosto 19, 2008

QUER SABER O QUE EU PENSO

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O que às vezes me leva a escrever é uma inquietação aqui dentro, uma vontade de entender as indagações da alma, as dúvidas do coração. E muitas vezes quando busco algumas respostas, o que encontro são mais perguntas. Sei que não morreria se parasse de escrever, mas me entenderia menos. Não haveria uma lacuna no meu dia se eu não escrevesse, mas os outros me entenderiam menos. Pois eu sou feita de palavras, de frases desconexas e cheia de reticências... Alguns não gostam, outros acham que é uma afronta à nossa língua. O que eu acho mesmo é que elas me expressam, pois tenho início, meio, mas não tenho fim. Não nas minhas dúvidas, nem nas minhas vontades. Então escrevo pra organizar pensamentos soltos. Escrevo porque questionar é um bom começo. Porque pra mim, ficar parado sem indagar é, na verdade, andar pra trás. Por isso eu crio metas, invento sonhos e corro atrás dos meus desejos. E para conseguir fazer isso, às vezes é preciso se fechar um pouco. Ficar feliz com a própria companhia. E só. Foi isso que fiz. Parei, senti, pensei muito. Tem horas que é preciso colocar o pé no freio e simplesmente parar. Assim as coisas ficam mais claras. É tempo de mudanças, de surpresas, de descobertas. Logo logo conto o que vem pela frente. Tem dias que antes de escrever é preciso me entender. E para isso, é preciso parar. Mas o que seria da nossa vida sem essas pausas providenciais...


Quer saber o que eu penso?

Você agüentaria conhecer minha verdade?

Pois tome. Prove. Sinta. Eu tenho preguiça de quem não comete erros. Tenho profundo sono de quem prefere o morno. Eu gosto do risco. Dos que arriscam. Tenho admiração nata por quem segue o coração. Eu acredito nas pessoas livres. Liberdade de ser. Coragem boa de se mostrar. Dar a cara a tapa! Ser louca, estranha, linda, chata! Eu sou assim. Tenho um milhão de defeitos. Sou volúvel. Sou viciada em gente. Adoro ficar sozinha. Mas eu vivo para sentir. Por isso, eu te peço. Me provoque. Me beije. Me desafie. Me tire do sério. Me tire do tédio. Vire meu mundo do avesso! Mas, pelo amor de Deus, me faça sentir... Um beliscãozinho que for, me dê. Eu quero rir até a barriga doer. Chorar e ficar com cara de sapo. Este é o meu alimento: palavras para uma alma com fome

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