
Quero dar rasantes nas escolas, e brincar de pegar
Me empreste sua asa, preciso voar
Quero ver as planícies, tomar um delicioso banho de mar
Quero mexer com as roupas, no varal a secar
Quero dar rasantes nas escolas, e brincar de pegar
Quero voar pelas fábricas, e ver os operários a trabalhar
Quero passar pelas moças e as saias alvoroçar
Me empreste sua asa, preciso voar
Quero brincar com o carrossel, e girar, girar, girar
Quero passar perto da montanha russa
E poder gritar até cansar
Me empreste sua asa, preciso voar
Quero enxugar algumas lágrimas
Soltar alguns sorrisos
Alguns olhos ver brilhar
Quero trazer esperança
Quero permitir o sonho da criança
Me empreste sua asa, preciso voar
Não quero me prender
Quero me soltar
Chegar bem perto das estrelas
E saber que posso sim mais desejar
Me empreste sua asa, preciso voar
Quero me desprender da mesmice
Do olhar comum quero me desatar
Quero, preciso, ampliar minha visão
O inalcançável alcançar
Me empreste sua asa, preciso voar
Somos todos anjos de uma asa só
Já diria o cantor
Por isso, não se acanhe
Dê-me cá sua asa, por favor
E venha voar comigo
Não tenha medo
Sou sim seu amigo
Me empreste sua asa, preciso voar
*** Te empresto a minha, que tal, vamos agora mesmo começar a voar?
Autora: Rê Cabral
Fonte: Revista Paradoxo
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