quarta-feira, setembro 13, 2006

"A menos que você conheça a estrada de onde veio, não poderá saber para onde está indo".



Nem sei por onde começar nem explicar como estou...
pode ser que esteja irritada, brava, fria, incomodada... mas de certo é uma ressaca brava.

Não há nada melhor na vida do que se divertir com os amigos.
Dar boas risadas, falar o que pensa sem medo de ser julgada.
Olhar de outra forma aquele que esta do seu lado e não dizer apenas nada. E, até, as vezes, entender em um olhar tudo sem dizer uma palavra.

Hoje amanheci pensando como a vida nos prepara peças... a cada dia é uma nova surpresa...
Tem dias que as surpresas nos põe pra cima, no outro ela nos coloca pra baixo.
Olho agora em minha volta..... tudo parece correr, tudo ta rodando... ai minha cabeça roda feito pião!

Esses tempos vasculhando na Internet achei um site sobre Caio de Abreu. Sempre adorei esse escritor que viveu intensamente sua vida e que deixou para todos um pouco de sua essência em livros, em cartas, em contos. Será que todos nós teremos um dia nossa essência preservada??? Caio de Abreu morreu no dia 25 de fevereiro de 1996 de AIDS. Nascido em 1948, em 12 de setembro, Argentina. Ainda jovem, mudou-se para Porto Alegre onde publicou seus primeiros contos. Teve seus trabalhos jornalístico no Centro e Sul do país, e revistas como Veja e Manchete e jornais como Correio do Povo, Zero Hora e Folha de São Paulo. Seu livro mais conhecido e o primeiro que li era MORANGOS MOFADOS, que levou-me a ser mais diferente e pouco poética em tudo que vi da vida e em tudo que já escrevi. Em uma das cartas que li, ele escreve a uma amiga:

" Não há saída, não é? Viver é conviver conviver, é coexistir coexistir é irremediável: compromete, afunda, desespera e violenta até o fim, se houver um fim (talvez mesmo depois da morte a gente continue coexistindo)."


Será que viveremos para coexistir? Onde é o fim e onde é o começo???
Sei que as vezes precisamos sair do cotidiano para vivermos o irracional e pairarmos no ar do nada e rever a vida.

Sai de um emprego onde entreguei tudo de mim e hoje me sinto um nada. La no fundo um dos meus neurônios conversa com o outro explicando que não perdi nada, apenas evolui com a vida. Não dei tudo de mim.... apenas uma parte foi doada e que ainda tenho muito pra fazer e com tudo apreendi que a vida tem tantos siguinificados. Mas é difícil entender que tudo vale a pena quando é feito com amor. Talvez seja meu erro colocar amor em cada fala, em cada gesto em tudo que se carrega de um sentido indesconfiado. Erro ao esperar que as pessoas recebam e devolvam o mesmo amor que doei. A única certeza que tenho é que o futuro não me assusta: eu quero o agora, amanhã não sei. Esse é o mesmo neurônio falando comigo, brigando com meus dedos enquanto digito.

Talvez um dia eu e minhas amigas publicaremos tudo que já escrevemos, onde já expomos nossas essências. Com certeza, guardamos na caixinha de Pandora velhos papeis que mostram toda nossa vida, e nos momentos de saudades a caixa é aberta somente por nós. Hoje com a Internet não enfeitamos mais com canetinhas coloridas nem colaremos flores secas pegas no jardim, apenas apertamos uma tecla e pronto já imprimimos um dos nossos momentos.

Infelizmente a vida não tem manual. Ela apenas acontece e nos faz fortes e ou mais fracos. Isso é fato... nem ciência questiona.

Escrevo por impulso. Talvez isso não faça algum sentido, mas decidi correr o risco, mais uma vez. Espero não colocar esse impulso em mais uma gaveta esperando madurar...

Li uma vez que é difícil acreditar em destino, e concordo com isso. São tantas idas e vindas que traçamos com absoluta consciência e vontade a trajetória do que passamos. Prefiro ainda acreditar nos sonhos, por mais racional ou irracional que eles sejam, pois no sonho encontro o que desejo mesmo platônico.

Sei la... a vida nos surpreende... o cansaço me vence... agora já me faltam palavras e sei que não consegui dizer ainda tudo que gostaria de falar, mesmo digitando.

Não posso esquecer os amigos que reencontrei... Nossa, VIDA, ainda bem que os reencontrei!!!. Afinal comecei a escrever pensando nelas. Como foram importantes todos nossos momentos, pois tenho certeza que esses sempre foram só nossos momentos. Um brinde então a esse reencontro de vidas separadas pelo destino que nem acredito que exista. Mas sei que nossa amizade atravessará o terreno intimo que lhes é próprio sem arranhões e magoas, restando, como futuro, após ingentes experiências humanas a existenciais, apenas (e já é tanto) nossa amizade. Como creio ser o nosso caso, não deixemos que o fato de sermos pessoas muito ocupadas e distantes impeça a convivência para os anos que ainda nos restam.

Eu sempre.... enfim cansada..... despeço

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